CONCEITO DE CONDUTAS TÍPICAS
Segundo o Ministério da Educação e Cultura – Secretaria de Educação Especial, Condutas Típicas são “manifestações comportamentais típicas de portadores de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento da pessoa e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira atendimento educacional especializado”.(MEC-SEESP,1994, p.7-8).
De acordo com o Diagnostic and Statistical Manual for Mental Disorders (DSM IV, 1994). Os Distúrbios de Conduta referem-se a padrões persistentes e repetitivos de comportamento humano que violam os direitos de outros, atuando por um período de seis meses, contra as normas apropriadas para a idade ou regras sociais.
São alunos que apresentam comportamentos inconvenientes ou inadequados, causando danos a si mesmos e aos outros, bem como prejuízo em suas relações no contexto em que vivem, podendo ainda apresentar dificuldades de aprendizagem.
As dificuldades de adaptação escolar causadas por esses comportamentos tendem a prejudicar e, por vezes, inviabilizar as relações do aluno com o seu professor e/ou com os seus colegas, com os materiais de uso coletivo e ainda no processo de ensino-aprendizagem. Tais atitudes se manifestam num contínuo, desde a simples inquietude até comportamentos estranhos, que permanecem por um tempo prolongado, acima de seis meses, e que podem ser identificadores de Condutas Típicas. Exemplos:
• falta com a verdade;
• prática de pequenos furtos (para chamar a atenção);
• grita, não fala;
• fala o tempo todo;
• fala sozinho;
• locomove-se o tempo todo;
• autoagressão (automutilação) e/ou agressão com os outros;
• recusa em seguir regras e normas estabelecidas;
• dificuldade de relação com os colegas e professores;
• ausência ou pouco contato visual;
• destrói propriedade alheia;
• desatenção;
• medos excessivos, fobias;
• movimentos contínuos e repetitivos;
• comportamentos estranhos;
• comportamentos maliciosos, vingativos;
• fala desconexa;
• birras constantes, cuspir, morder, gritar;
• comportamento de desafio e de oposição;
• imitação excessiva das ações dos outros;
• choro/riso imotivados, e outros;
• recusa em verbalizar;
• timidez excessiva.
Ressalte-se a possibilidade de que 50% ou mais dos comportamentos acima descritos se apresentem juntos numa mesma pessoa, numa gravidade tal que configure uma síndrome, disfunção ou desvio de comportamento, a ponto de necessitar de intervenção da área da Saúde Mental para avaliação e atendimento.
COMO RELACIONAR-SE
• procure manter-se calmo e sereno, controlando a ansiedade e o nervosismo ao se relacionar com a criança;
• ajude-o a integrar-se ao grupo;
• enalteça suas qualidades sem exigir-lhe em dar mais de si do que consegue dar;
• não se deixe levar pelas chantagens emocionais;
• não ceda a acessos de raiva, espere passar para iniciar um diálogo;
• seja direto e não crítico com a criança;
• demonstre confiança e amizade;
• dê apoio e ofereça opções para resolver o problema que se apresenta;
• toda criança necessita de um sorriso, de um abraço e de uma dose diária de bom humor;
• solicite ajuda a um adulto sempre que necessitar de apoio ou se sentir inseguro.